quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Capítulo 4 - Nova fanfic

  Oiii!!
People! Desculpa a demora! Eu tô me preocupando com milhões de coisas agora e fica difícil postar no blog! Mas hein, vocês esperaram só alguns diazinhos né? Mas aqui está o capítulo 4! Desculpem por ele estar um pouco pequeno... Mas saboreiem-o porque eu realmente não sei quando começo a escrever o 5!

Fanfic Momentos da Vida

Capítulo 4

    - Rafa? - eu olhei pra cima. Mesmo que a gente já se conhecia há um pouco mais de uma semana, eu ainda achava esquisito chamar ele assim, talvez algum dia me acostume - Eu ahn... Não tô chorando é que...
    - Não vai me dizer que é um cisco. Ou vai? - ele riu de leve.
    - Não é que... Não tô exatamente triste, mas com saudade da minha vida de antes, sabe a casa, os amigos...
    - Hum... - ele se arrastou mais para o meu lado para poder ver a tela do computador, até achei que era uma violação a minha privacidade, mas estava tão fraca que não quis revidar - Esse garoto aí... O Pedro. Ele gosta bastante de você né?
    - O Pê? - eu ri - Ah ele é bem de boa, um amigo muito legal. Eu gosto bastante dele.
    - Hum... 
    - O que? 
    - Nada.
    - Não acho que não é nada... - eu disse.
    - Ele é só seu amigo mesmo? Tipo se você até chama ele de Pê... Mas ele não fez nada pra você né? - a pergunta dele me fez me sentir estranha, eu nunca tinha pensado mal do Pedro.
    - Ele é meu amigo sim e só. Aqui ele tava falando que conseguiu conquistar a garota do prédio dele e eu ajudei com algumas dicas só isso - eu sorri ao me lembrar do dia que o Pê tinha ficado todo nervoso querendo saber se ia mesmo dar certo - E como assim "fez" algo pra mim?
    - Nada. E ahn... Você morava no prédio dele?
    - Eu? Nãããooo! Minha tia morava muito longe hahhaha. Mas  por que quer saber tanto disso?
    - É que... Não. Não é nada não...
    - Tem certeza? Por que se for pode me contar - eu sorri, alguma coisa ele queria, mas o que exatamente eu ainda nao entendi...
    Ele ia se levantando e disse alguma desculpa pra sair. Mas antes seu joelho encostou no meu. Eu estava de short, então senti um negocio meio molhado. Quando fui olhar era uma coisa vermelha que muita gente tem nojo. Também conhecido como sangue.
    Só então que eu percebi que o Rafa usava o mesmo uniforme que o meu, e que tinha um skate nas mãos. O joelho que sujo de sangue tinha um machucado grande mas não ao ponto de levar ponto, só um pouco da carne mesmo. Eu levantei na hora.
    - Você caiu? Que machucado feio! Caramba você tem que lavar isso aí! Da pra pegar doença sabia? - eu ri de leve nessa ultima frase lembrando quando a minha mãe me falava isso por telefone quando eu era pequena.
    - Não esquenta isso não é nada..
    - Um nada que é muito! Vamos subir é serio você precisa cuidar disso aí!
    - Não... Não precisa eu me viro com isso igual os outros, eu sempre acabo caindo...
    - E nunca lava pelo menos? Mas é sério esse aí ta muito feio... Não tá nem ardendo?
    - Tá um pouquinho, mas não tem problema não...
    - Tem sim. Vamos lá subir que com certeza em algum lugar do apartamento minha mãe tem um quite de primeiros socorros.
    - De verdade, não precisa eu estou bem...
    - Ah você sim, mas seu joelho não. Olha aí, e você até tá mancando! Ah qual é isso é muito mais do que nada!
    - Ei... Você usa o uniforme da minha escola... Ah você também estuda lá? Eu nunca te vi...
    - É porque eu também sou novata por lá! - eu disse - Mas não muda de assunto, eu te ajudo. Vamos.
     Levou um tempo, mas consegui convencê-lo a subir. Minha mãe já devia estar lá me esperando pra fazer alguma coisa do tipo ajudá-lá com mais alguma limpeza da casa. Aí eu poderia apresentar o Rafa pra ela, já que bom era melhor ela conhecer ele antes como meu amigo, do que me ver sempre esbarrando com ele por aí e pensar outra coisa... Na verdade, a gente se conheceu meio do nada e já se deu bem no primeiro dia... Acho que isso depende muito das pessoas. Aquelas que tem coragem de vir falar comigo são as que geralmente ficam. Com a Yasmin era a mesma coisa. Tudo bem que eu acabara de me mudar, mas já ter duas pessoas que pelo menos eu podia confiar alguma coisa (nem que for tarefa de escola) já era um grande progresso para mim.
     Assim que chegamos no meu andar eu toquei a campainha com urgência. Ninguém atendeu. Dei mais dois toques rápidos e a porta ainda não se abriu. Minha mãe deveria estar no banheiro ou falando no telefone e não devia ter escutado o som! Ainda bem que eu tinha levado a chave quando desci com o meu notebook, que eu carregava debaixo do meu braço enquanto pegava minha chave no bolso do short da escola.
     Quando abri a porta eu avisei minha mãe que havia voltado. Ninguém respondeu nada. Corri para o Rafa e pedi para que ele entrasse. Disse ara ele se sentar no sofá que já já eu iria pegar o quite de primeiros socorros no banheiro da minha mãe.
     Ele fez o que eu pedi e assim fui até lá. Abri algumas gavetas e não achei. Fui achar só depois de abrir a porta debaixo! Devo ter demorado quase uns dez minutos, que tonta! Quando fui me levantar eu dei de cara com alguém me olhando de cima. Era o Rafa. Ele logo me desobedeceu. 
     - Acho que a sua mãe não tá aqui. - ele disse por fim - Olha, eu vi esse bilhete ali na mesa da sala.
     Abri o papel e li:

   Filha, eu sei que você desceu e não sei como não levou o seu celular! Bem, eu estou indo no farmácia comprar um remédio para dor de cabeça e já volto. Quando você chegar por favor não bagunce a casa! 

Bjs
Mamãe.


     Olhei para ele de novo. Peguei a pequena maletinha de primeiros socorros e pedi para que ele se sentasse em cima da tampa da privada. Automaticamente eu fiquei vermelha e ainda tinha o espelho para me comprovar isso. Eu nunca tinha ficado com um garoto a sós, pelo menos não tão perto. E  muito menos em um banheiro. Na minha casa.
     Ele obedeceu e não falou nenhuma palavra. Agachei no chão em frente ao machucado. Peguei um punhado de água e sabonete e comecei a lavá-lo. Ele estremeu. Nunca fui muito boa com coisas de médica, acho que aquela era a primeira vez em séculos que eu cuidava de um machucado grande.
     Depois coloquei alguns remédios para cicatrizar e finalizei com uma gase. Enquanto eu ainda colocava a gase em cima do joelho dele ele fez que ia coçar. Eu o repreendi e nossas mãos se seguraram por um tempo. Seus olhos encontraram os meus. Ele desceu da tampa e se sentou no chão a minha frente. Ficamos ali de frente um para o outro sem dizer uma palavra, apenas se alimentando dos nossos olhares.
     Eu me ajeitei e encostei na parede. Ele respirou fundo veio mais perto. Tá legal. Eu já podia imaginar o que ia acontecer naquele próximo segundo e não sei exatamente se eu queria aquilo, só que não fiz nada para pará-lo. 
     Ele deve ter percebido que eu não estava me sentindo digamos... confortável. Disse obrigado e me deu um beijo um pouco demorado na minha bochecha e me ajudou a me levantar. Quando nos voltamos para a porta havia alguém encarando a gente.
     - Posso saber o que vocês estão fazendo aí?

   

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