terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um pequeno (não tão pequeno) conto

Oii!
Antes de mais nada eu queria que prestassem mesmo atenção nessas "nota inicial". Como vocês sabem não consigo, talvez, fazer alguém se emocionar com a minha escrita, mas de qualquer forma se alguém chorar, não se sinta mal, a história vale mesmo a pena todas as lágrimas derramadas...







O belo que se tornou a Fera para achar a sua verdadeira Bela.



  Sim. Isso é uma história de amor e se você já está cansado dessas coisas nem precisa ler até o final se não quiser. Aqui e agora eu sou apenas a narradora observadora da história e nada tenho a ver com os acontecimentos, mas posso dizer que apesar de se parecer com um conto de princesa foi baseado em fatos reais. Quero dizer não aconteceram comigo e nem com alguém que conheço. Mas foi uma história que ouvi de um amigo meu que fala de um amigo dele que nada tem com relação a minha vida. Mas era uma história tão linda que me lembrava o conto de fadas "A Bela e a Fera" que ouvia quando criança, só que meio que um pouco "ao contrário". Tudo bem que nem ele nem ela eram príncipe e princesa, eram apenas pessoas comuns como qualquer um, assim como você que está lendo esse conto. Então deixe-me começar:
   Aconteceu em um tempo, não muito distante de agora, uma história de amor. Tinha um menino que era muito bonito por fora, e por dentro também, era um cara legal e tudo mais, só que por causa da sociedade de hoje em dia ele tinha por que tinha que ser um idiota pra ser "popular". Ele ficava com todas as garotas bonitas e tudo mais, mas sentia falta de uma coisa: de uma garota que ficasse com ele por mais tempo, que gostasse dele de verdade não só por ele ser bonito ou rico. Bem... Rico ele não era, mas não chegava a ser pobre, digamos que ele era meio que da classe média alta.
    Um dia, não belo porque estava chovendo, uma menina nova chegou na escola. Sabe como é né. Difícil de falar com as pessoas que você não conhece, as pessoas parecem que nem olham pra sua cara, os que olham geralmente riem. Não está por dentro do que está acontecendo, não usa as roupas que a maioria usa e não se importa de dizer que também veio para a escola para estudar. A menina era simplesmente assim: diferente de todo o resto.
   E foi exatamente esse ponto que fez o menino do começo da história se aproximar dela. Daquele jeito que qualquer um faz né, tenta conversar sobre as coisas da escola, deveres de casa, professores insuportáveis, esses tipos de coisa. A menina percebeu na hora que ele era o tipo de cara que ela não estava nem um pouco afim de gastar uma dose da saliva nem para conversar: ele era um cara bonito popular metido a besta que tinha dinheiro para comprar o próprio carro antes de ter uma carteira de motorista. Ele tentava se aproximar e ela se afastava.
   E o tempo foi passando. O menino ainda ficava tentando ir atrás dela e ela só vinha com patadas pra cima dele, afinal pra que ela ia querer falar com alguém que fica de semana em semana com uma garota diferente? 
   E então o menino se perguntava "Por que eu quero falar tanto com ela?", "Por que me importo tanto com o que ela pensa ou deixa de pensar?". E acho que você que está lendo já sabe né? Sim. Ele, o cara mais gostosão da escola estava apaixonado pela "fantasma" que era como os outros chamavam a novata.
    E assim foi indo. Ele fazia de tudo e até chegou a dizer pra ela o que sentia, e ela não acreditava. Ele perguntou o que tinha que fazer pra ela acreditar e ela disse "como eu vou saber que você só não quer ficar comigo como qualquer outra e depois me largar? Se você pensa que eu sou esse tipo de garota, você pensou totalmente errado." 
   Uma prova. Era tudo o que ela queria. Só assim ela saberia que aquilo era real. Já que ela, uma menina com boa imaginação e sonhadora que vive se iludindo com contos de fadas, estava até imaginando se não nasceu no século errado.
    "Tenho que provar pra ela, mas como?" foi o que ele pensou. E sem dúvida ficou pensando por muito tempo porque mesmo depois do ultimo baile do ano ter passado e ele ter convidado a menina com flores e tudo mais, ela não aceitou. Já estava em meados de dezembro e todos se preparavam para a chegada da semana de Natal.
    A menina em um desses dias saiu de casa correndo para comprar um presente para sua irmãzinha que havia esquecido de comprar. E talvez por conscidência do destino, o menino estava lá, no mesmo shopping. Ele até tentou falar com ela, mas vocês já sabem, ela só virou a cabeça e saiu correndo para fora do shopping.
   De tão apressada que estava, ela não olhou se vinha algum carro na direção da rua e saiu correndo loucamente até o outro lado da pista. Mas infelizmente não chegou até lá. 
   Ela pareceu toda atordoada e pelo o que eu entendi desmaiou. Quando acordou estava na cama de um hospital com uma enfermeira no quarto. "O que aconteceu?" - ela perguntou - "Bem... Parece que um carro ia te atropelar por inteiro se um garoto não tivesse entrado na sua frente. Acho que tem agradecer a ele por só estar com uma perna quebrada, já ele... Mas já que você acordou já pode levar alta, não precisa mais ficar aqui no hospital."foi o que a enfermeira disse.
    Os pensamentos da menina foram todos para apenas uma frase "Que garoto?". Ela saiu do quarto apoiada na enfermeira até a sala de espera, onde sua mãe estava sentada segurando as muletas. 
   Ela falou que estava tudo bem e as duas foram até a recepção, quando a mulher do caixa falou um nome. Um nome que ela já sabia de quem era e que tudo o que ela fez foi aprender a correr com muletas até o quarto referido pela mulher.
   Havia um médico lá dentro. Seus olhos percorreram o quarto todo até parar na cama. A pessoa que estava lá com soros na veia e tudo mais, estava acordada. Ela jurou que conhecia quem era, mas parece que estava enganada.
   Quer dizer. Até ela ouvir aquela voz. A pessoa deitada na cama estava olhando fixamente pra ela. E mesmo com um dos olhos meio inchados, o corpo todo ferido e desfigurado a menina descobriu quem realmente estava ali. 
   O menino. O mesmo menino que era lindo no começo da história. Ele havia se atirado na frente do carro que quase ia atropelar a menina e PUF! A magia da beleza dele sumiu. Enquanto ela estava apenas com a perna quebrada... A frase da enfermeira veio em sua mente. 
   "Caramba... V-você não precisava ter feito isso... Eu que deveria estar aí no seu lugar..." foi tudo o que ela conseguiu dizer. "N-não d-deveria n-não" - ele disse com dificuldade - "Então, t-ta aí eu te t-trouxe a p-prova que v-você queria. Eu n-não t-tava mentindo quando d-disse que morreria p-por você..."
    É... A menina começou a chorar, provavelmente igual eu estava quando ouvi a história e como estou agora escrevendo. Estava ali na frente dela a prova de que ele havia mudado e que abria mão de tudo por ela. O médico pediu que ela saísse do quarto porque iam levá-lo para a sala de cirurgia. 
   Acho que ele ficou um mês ainda naquele hospital se recuperando. Depois desse tempo ele voltou para a casa. O ano novo já tinha começado e pra ele era como nascer de novo. A condição era que ele conseguiria estar com a menina, mas não poderia mais pensar na sua beleza.
   E foi assim. O final é este. A menina foi até lá e não importava a beleza que agora ele já não tinha mais, não importava o dinheiro que ele tinha, só importava ele, a vida dele junto com ela. Não vou dizer que eles se beijaram e viveram felizes para sempre porque afinal isso realmente aconteceu e bom... Humanos como você e eu não vivem felizes para sempre. Eles viveram felizes até o tempo da morte os levar. 

Fim

xoxo
Biaa

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