quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Capítulo 1 nova Fanfic


Olá meus amores!!
Estou aqui de volta pra apresentar pra vocês a minha mais nova FANFIC ORIGINAL!

Gente como eu disse no post anterior vai ter partes hots sim e palavrões e essas coisas e tal. Quem não quiser ler as partes hots eu aviso antes caso tiver e aí não te pega desprevenido certo? Mas então aqui está o primeiro capítulo :)



Fanfic Momentos da Vida



Capítulo 1


  Novo ano, vida nova. Eu estava tentando colocar essas quatro palavras no fundo da minha mente. Eu e minha mãe estávamos nos mudando para outro estado e uma nova casa. E claro, eu iria para uma nova escola. Ótimo.
   Nos mudamos para perto de Brasília, ou como a minha tia diz, para a parte onde parecia uma mini São Paulo. Na parte em que se podia dizer subúrbio porque não fica exatamente dentro da cidade, mas era um lugar cheio de prédios altos e muito bonitos.
   O taxi parou em frente a um prédio alto de vinte andares (sim eu contei, algum problema?) branco com as varandas dos apartamentos de vidros verdes.
   Enquanto o motorista descia as malas do carro, minha mãe me deu a chave do apartamento e pediu para que eu subisse e abrisse algumas caixas que trouxemos na mão. Tudo o que era meu vinha da casa da minha tia. Eu passei todo aquele tempo da minha vida morando com ela enquanto minha mãe estava estudando para um concurso para conseguir um emprego fixo. 
   Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam sobre "as tias", a minha era totalmente diferente. Ela tem 29 anos, é 5 anos mais nova do que a minha mãe e me trata mais como uma amiga do que sobrinha. Adora moda e não tem problema algum em falar palavrão de vez em quando.
   Senti um calafrio quando de repente minha mãe disse "é no 18º andar". Não que seja por nada de azar ou superstição, mas sim porque eu não estava tão acostumada com altura. A minha tia morava em uma casa que tinha no máximo dois andares (e além disso eu sou muito baixinha né? Muita altura não é mesmo comigo), vai morar no 18º andar assim do nada pra você ver! Não é nada fácil!
   Agora que mamãe conseguiu um emprego já a um ano e uma renda estável ela decidiu que deveria cuidar de mim. Sobre o meu pai ela nunca me diz nada além do básico, assim eu não sei muita coisa, a não ser que eles eram "jovens" quando me tiveram, ainda estava na faculdade, e ele nos abandonou logo que eu nasci sem nem deixar rastros. Ou talvez exatamente porque eu nasci. Talvez eu nunca fui o tipo de filha que meus pais realmente desejavam ter naquela hora.
   Uma das razões pelas quais prefiro continuar a morar com a minha tia é que já que tenho 16 anos não preciso de alguém que cuide de mim o tempo todo. Quero dizer, com a minha tia eu vivia quase que independente (tomava conta das minhas coisas e ia pra escola de ônibus sozinha) a não ser pelo fato de que ela pagava as minhas coisas e nunca deixava eu gastar a mesada que ganhava da minha mãe. Foi até por isso que ela abriu uma conta na poupança, onde despejava todo o dinheiro que eu ganhava por mês e me bancava com o próprio dinheiro.
   Tentando não pensar muito no passado eu andei até o hall de entrada e apertei o botão do elevador com a mão que estava livre.
   Quando cheguei no meu andar, fui em direção à porta do 1802. Passei a chave e girei a maçaneta com um pouco de dificuldade por causa das duas caixas que eu segurava só com uma mão.
   Era um apartamento bem grande, com cozinha no estilo americana e varanda espaçosa. Pelo o que eu entendi minha mãe já havia feito a mudança de alguns móveis. Por causa do novo apartamento e da mudança nós ainda não tínhamos dinheiro para comprar um carro que funcionasse. O Fiat que a mamãe tinha estava no mecânico pela quinta vez e ele era tão velho que já quase não andava mais. Então era quase o mesmo dizer que a gente não tinha um carro.
   Fechei a porta e fui até o corredor. Parei em frente à segunda porta, onde seria o meu novo quarto. Era muito estranho ver ele vazio só com um armário marrom claro e um colchão de ar no chão. Peguei uma das caixas e abri em cima do colchão.
   Tudo bem que eu tenha 16 anos e tudo mais... Mas eu ainda tinha bicho de pelúcia. Apenas um. O Sleepy. Era um cachorrinho com uma machinha escura no olho direito. Foi um presente da minha avó que havia morrido quando eu to tinha seis anos. Ela me deu quando já estava doente e meio que esperando que já fosse pro céu. Ela disse que sempre estaria do meu lado e aquela pelúcia seria como se fosse a presença dela, para eu nunca esquecê-la. Desde então eu dormia sempre com ele. E naquela época eu estava aprendendo a falar em inglês. Assim que descobri a palavra "Sleep" achei que esse seria o nome perfeito para o meu bichinho.
   Deixei-o em cima do colchão encostado na parede e voltei minha atenção de volta à caixa.
   Tirei muita coisa dentro de lá incluindo meus livros favoritos (que jamais deixaria um caminhão mexer tanto e estraga-los), alguns cadernos com desenhos e algumas histórias que andava escrevendo quando estava entediada. Meu notebook também estava lá, e essa foi a caixa que eu cuidei com todo o carinho especial. 
   Enquanto arrumava as minhas coisas minha mãe trouxe as malas e pediu que eu fosse até a portaria pegar as outras caixas que ela trouxe e deixou lá. 
   Dei uma olhada rápida no meu espelho portátil e dei uma arrumadinha no cabelo e sai correndo elevado a baixo.
   Quando cheguei lá parei de prender a respiração e pedi pro porteiros me entregar as caixas. 
   E eu achando que eram tipo umas 2 e logo ele me vem com 4 caixas médias. Como eu ia levar aquilo tudo? Eu até pensei em levar duas de cada vez, mas só de pensar em voltar a subir e descer pelo elevador me dava agonia demais. Então resolvi levar as quatro tudo amontoado em cima uma da outra. O porteiro olhou pra mim como se eu fosse louca mas depois deu de ombros. Fui andando devagar pelo corredor que dava pro hall. 
   Quer dizer eu podia esperar que aquilo acontecesse, mas de tanto medo de cair do elevador caso eu tivesse que ir e voltar com mais e mais caixas eu preferi levar as quatro juntas. E claro eu as deixei cair. Maravilhoso!
    Digo. Não foi exatamente eu quem deixou minhas caixas caírem. Eu estava andando devagar e tentando olhar para o lado pra ter uma visão do que tinha na minha frente. Só sei que vi um vulto correndo e as caixas caindo. Eu devo ter batido a cabeça no chão ou algo assim porque ela estava doendo um pouquinho.
   - Opa... Desculpa eu não sabia que você tava aí... Quer ajuda?
   Eu olhei pra pessoa que estava falando comigo enquanto eu estava zonza sentada no chão. Automaticamente eu corei. Era um garoto mais ou menos da minha idade moreno claro de olhos castanhos e um cabelo meio jogado pra cima. 
   - E-eu tô bem... - eu disse me levantando com dificuldade entre as caixas.
   - É nova? - ele perguntou.
   - Aham. Tava ajudando a minha mãe a subir as caixas. 
   - Isso aí não tá pesado? Quer que eu te ajude a levar? 
   Só de pensar que eu ficaria pelo menos uns dois minutos no mesmo elevador que um garoto lindo com certeza me fez ficar mais vermelha.
   Ele deve ter percebido porque logo depois ele disse "se você quiser...". Eu aceitei porque apesar da minha timidez, eu não tinha como levar tudo sozinha. 
   Subimos basicamente em silêncio. Na verdade ele me perguntava uma coisa ou outra do tipo de onde eu vinha e coisas assim e eu respondia com poucas palavras de tão tímida que eu era. Não me julguem! Pra quem é tímido é difícil ficar falando com as pessoas que você mal acabou de conhecer.
   Quando chegamos ele sorriu e deixou as caixas no chão junto a porta. Ele disse "Então tchau.." e saiu em direção ao elevador. Eu agradeci por ele ter me ajudado. 
   Ele ia entrando mas antes de fechar a porta ele disse: 
   - Espera... Qual é o seu nome mesmo? 
   - Thaís - eu disse ainda segurando uma das caixas. 
   - Ah o meu é Rafael, se quiser pode me chamar de Rafa e ah eu moro no bloco C esse aí da frente. Ele apontou pra direção de onde deveria estar o predio dele - e ahn... Desculpa por derrubar as suas caixas, só espero que não tivesse nada que quebra aí dentro... Bom tchau, legal te conhecer... - ele disse e aí a porta do elevador se fechou.
   É pra quem mal chegou já fazer pelo menos um colega não é nada mal. Menos ainda quando ele até que é bonitinho...
   Entreguei as caixas para minha mãe e continuei a arrumar minhas coisas no quarto, colocando também algumas roupas no cabide, arrumando um jeito de deixar o notebook em cima do colchão e tals.
   Depois que terminei, encostei-me ao lado do Sleepy, peguei meu notebook e deixei-o no meu colo. Eu fiquei com uma vontade de escrever alguma história qualquer. Fazia tempo que eu não tinha inspiração. E pelo visto agora ela veio...
   - Tá animada? Fico feliz que esteja com esse sorriso grande aí no rosto porque a partir de agora essa aqui vai ser a nossa casa - minha mãe veio me dar um beijo de boa noite depois do jantar e eu estava me preparando para escrever e aí sim dormir, coisa que eu não tinha com a minha tia...
   Eu estava com um sorriso grande no rosto? Bom se isso quer dizer que boas coisas vão acontecer no futuro fico feliz de estar com ele estampado na cara.
   Suspirei e uma mecha da minha franja voou pra cima. 
   - É... Parece que esse vai ser um longo ano...


 Espero mesmo que vocês tenham gostado :)
Xoxo
Bia

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